O Advogado, em especial o Criminalista, na defesa de seus clientes, não deve se curvar nem mesmo perante Deus, pois foi o próprio Criador quem nos fez livres, eretos e com o semblante voltado para as estrelas.
Para exercer a Advocacia é necessário ter coragem, muito mais até do que conhecimento e cultura, pois se o Advogado não for capaz de defender seus próprios direitos e prerrogativas, quando atacadas por quem quer que seja, não poderá almejar fazer uma boa e eficiente defesa de mais ninguém.
Tal pressuposto – coragem – se destaca quando agentes públicos, como o nojento exemplo do Magistrado da Justiça estadual do Mato Grosso, determinou, de maneira arrogante e ilegal, a retirada de um Advogado da sala de audiências, por este ter servido um copo de água para uma testemunha que demonstrava estar nervosa.
No caso em comento, há única dúvida que resta é por qual motivo o Conselho Nacional de Justiça – CNJ ainda não afastou das atividades profissionais esse Juiz despreparado emocionalmente e limitado intelectualmente para o exercício de tão nobre profissão como é a Magistratura.
De outro lado, vê-se nitidamente que entre o arbítrio de sujeitos travestidos de “servidores” públicos e o respeito às garantias constitucionais e processuais do Estado Democrático de Direito está a figura do Advogado, seja ele particular ou Defensor Público. Não se podendo esperar menos do que terem uma coragem hércula para honrar os poderes que lhes são outorgados e mais ainda a confiança que lhes é emprestada por quem está com a espada da Justiça rente ao pescoço, ou seja, o réu.
Assim, o conselho que ouso dar, em face dos meus quase 20 anos de Advocacia criminal prática e Magistério Superior na graduação do curso de Direito é o de que o aluno que deseja ser Advogado, faça, antes de tudo, uma auto reflexão sobre o que lhe move para esta digna carreira e se está disposto a ser o super-herói de quem o pede auxílio sem ter medo de desagradar quem quer que seja.
Afinal, Advocacia não é para covardes.
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