Uma das mais marcantes atrocidades que o homem foi capaz de cometer com o seu semelhante foi o massacre de mais de seis milhões de judeus pelos nazistas, durante a segunda grande guerra, o qual foi executado, em considerável parte, com a utilização de câmaras de gás instaladas nos campos de concentração.
Infelizmente, esse mesmo método cruel de matar seres humanos foi utilizado nesta última semana aqui no Brasil por policiais rodoviários federais contra um homem que fora abordado simplesmente por estar pilotando sua moto sem capacete e, mesmo após mostrar seus remédios e declaração médica de que possuía uma doença mental, foi imobilizado, preso no camburão da PRF e literalmente asfixiado com a utilização de gás de pimenta pelos referidos agentes de segurança pública.
As imagens gravadas por populares são chocantes e não deixam dúvidas de que os policiais rodoviários federais envolvidos no fato são verdadeiros assassinos.
Entretanto, outro fato que chamou a atenção foi a reação de algumas autoridades, em especial a própria Polícia Rodoviária Federal, a qual, mesmo diante de toda a repercussão, inclusive internacional, da abominável conduta de seus policiais, apenas emitiu uma resumida nota, ambígua, sobre a postura dos assassinos, não deixando claro se a Instituição compactuava ou rechaçava a conduta em questão.
Isto é muito grave, pois certamente uma Instituição tão séria, respeitada e querida por todos os cidadãos, como é a PRF, não pode ter uma postura que não seja firme no que tange a expulsar e entregar à Justiça qualquer servidor dos seus quadros funcionais que manche a imagem da Instituição com condutas criminosas e incompatíveis com a enorme dignidade que o seu distintivo historicamente carrega.
Assim, para que a imagem da Polícia Rodoviária Federal e a do próprio Estado brasileiro sejam limpas, espera-se que a PRF e o Ministério Público, sejam rápidos e vigorosos em buscar a legal punição aos neonazistas fardados, autores da câmara de gás à brasileira, que mataram, a sangre frio e sem nenhuma chance para defesa, o cidadão em questão.
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