Vítima degolada no maior hospital público do Ceará; pessoa sendo sequestrada na avenida Heráclito Graça, no centro de Fortaleza, em plena luz do dia; turistas assaltados e um morto, em pousada na Praia do Cumbuco; idoso morto em frente a própria casa; guerra de facções no interior e na capital; esse é infelizmente o cardápio diário dos noticiários do último mês sobre o Ceará.
O Ceará é um terreno tão fértil para a violência que facções de outros estados, como a Nova Al Qaeda, estão vindo para cá expandir suas atividades em “paz”, pois não enfrentam dificuldade alguma para prosperarem.
Enquanto isso, os governantes apenas discursam de duas maneiras: primeiro prometendo uma reação do Estado com a contratação de mais policiais – o famoso “mais do mesmo” – e, de outro lado, discursos visando não solucionar o problema da violência, mas apenas explorar – agora que estamos entrando em época de eleição - os benefícios políticos de colocar a culpa em outros governantes.
Ora, nós, população, que estamos no meio dessa verdadeira barbárie que toma conta do nosso estado precisamos em primeiro lugar de ação ao invés de discursos.
Em segundo lugar, ao se deixar os discursos políticos e partir para as ações, é preciso mudar o foco, investindo na Polícia Civil, em inteligência artificial, em tecnologia, em estrutura intelectual, pois apenas colocar policiais militares nas ruas é óbvio que não resolve o problema, apenas o maquia e cria a falsa sensação de segurança.
Segurança pública não se faz somente com armas, mas principalmente com a presença do estado em setores como educação, serviços básicos como boa iluminação Pública, boa rede de esgoto, sistema de transportes limpos, iluminação pública de qualidade e vídeo monitoramento capaz de mapear as áreas mais sensíveis, assim foi feito em Nova Iorque e Medelín, cidades que antes eram dominadas pela criminalidade e hoje são exemplos de sucesso de política criminal.
Não podemos nos acostumar com a violência no grau que está no Ceará, nossos governantes precisam agir ao invés de apenas discursar.
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