Vivemos em um mundo em que todos nós estamos sujeitos a sermos julgados pelo Tribunal da internet, o qual é composto por jurados que nem sequer nos conhecem e que podem até mesmo se valer de contas falsas em redes sociais para acabarem com a imagem, carreira e até mesmo vida de qualquer um que escolham.
Basta uma fake news sobre você e pronto: milhares de usuários das redes sociais proferiram suas sentenças capitais, sem se importarem se o suposto fato noticiado é verdadeiro ou não.
Esse Tribunal da internet é não possibilita qualquer defesa, pois nele tudo que você falar será usado contra você pelos haters e desocupados de plantão. Também não há a possibilidade de recursos, pois o esse Tribunal é célere e as sentenças proferidas são executadas imediatamente nos comentários e postagens, as quais atingem um incalculável número de outros desocupados que as replicam infinitamente.
Nem mesmo o Tribunal de Nuremberg, o qual foi criado para julgar os Nazistas após a Segunda Guerra Mundial, inovou tanto ao criar os crimes para punir os réus como a internet faz, pois além das mentiras compartilhadas, a tecnologia das postagens permite a inversão de um dado ou imagem com montagens perfeitas, as quais quando descobertas já produziram o mal contra a pessoa que atacaram.
No Tribunal da internet não importa o seu passado honroso ou qualquer outro atributo que o diferencie positivamente, basta apenas que a maldade atice os dedos de quem curti e compartilha a denúncia virtual.
Isso é verdadeiramente desumano e tem levado muitas pessoas até mesmo ao suicídio, afora a destruição de careiras, empregos, relacionamentos e imagens.
No Tribunal da internet a dúvida é interpretada contra o réu e, assim, a qualquer pessoa pode ser imposta a pena de morte social por absolutamente qualquer coisa que o atual mundo politicamente correto achar impróprio.
A única defesa que temos é o silêncio, pois qualquer erro em uma única frase pode ser o suficiente para uma pena perpétua no Tribunal da internet.
Assim, amigos, muito cuidado, pois a Justiça é o único termo jurídico com que o Tribunal da internet não está preocupado.
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