Vejo com certa tristeza e niilismo que muitas pessoas vivem como se nunca fossem morrer. Sem se preocupar com o além-túmulo e nem mesmo com o bom uso dessa própria encarnação, gastando o seu mais precioso tesouro, o tempo, em coisas fúteis e banais, sem absolutamente nenhuma preocupação com o legado moral ou de qualquer outra natureza que deixarão quando dessa existência partirem. Estas pessoas ainda têm a desculpa de que podem estar felizes com as banalidades que preenchem o seu dia a dia.
Entretanto, outras são piores, pois somente pensam em usar o tempo para conquistar coisas materiais que sequer usufruirão, em uma “corrida de ratos”, da qual o único prêmio que ganharão é a vaidade e o materialismo.
Ainda existem outro tipo de débil que é pior, pois além de achar que é imortal e que, portanto, tem todo o tempo do mundo, o gasta para com ruindades, fazendo o mal a terceiros, perseguindo e buscando prejudicar a todo custo os seus semelhantes.
Quem de nós não conhece pessoas desses tipos?
Ao contrário do que cantava Renato Russo, nós não temos todo o tempo do mundo.
A vida é ligeira neste plano e se não abrirmos os olhos e focarmos em sermos felizes e vivermos mais experiências do que em apenas termos mais coisas, no futuro olharemos com pena de nós mesmos por tanto desperdício de nosso presente.
E é exatamente por essa razão que o tempo atual em que estamos se chama presente, pois é uma verdadeiro e caríssimo presente que todos nós devemos usar com o máximo de carinho possível.
Assim, sugiro que saímos da manada e não esperemos mais o final de semana ou as férias ou qualquer data que seja para sermos, ou ao menos tentarmos ser, felizes.
A felicidade individual é um bem tão importante que alguns ordenamentos jurídicos já a reconhecem como direito, o que demonstra que se até o Estado se preocupa com isso, mais ainda nós mesmo devemos nos importar.
Seja feliz agora sem deixar que nada te impeça, pois não há mal que não se acabe e tudo passa.
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